segunda-feira, 27 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Algumas frase soltas, presas em mim
“As pessoas são como as estrelas que, quando se vão, deixam para nós seu brilho e luz intensa que irradia na atmosfera de nosso pensamento.”
Wendel Moreira de Oliveira (12/2003)
Wendel Moreira de Oliveira 26/12/2007
Inspiração!
Tanto tempo sem sentir, tanto tempo sem escrever.
E o tempo ainda é meu inimigo, não sei esperar que ele fale comigo.
Volto logo a escrever ou vou enlouquecer.
Agora fica uma pergunta que me fiz ontem:
Para que no mundo fingem que existem e que são homem?
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Sobre a "Lei anti-fumo"

domingo, 2 de agosto de 2009
Primeiro me afasto, calo e não colo mais nada aqui. Depois, só porque assisti a um filme (pela 1000ª vez) que me faz chorar por dentro e ter medo de ir lá fora, escrevo coisas sobre o Dia Internacional do Orgulho Gay com um mês de atraso (e ninguém me corrige! tsc, tsc tsc.). Agora, aos meus leitores, se é que eu ainda tenho, lanço-lhes uma poesia incompleta para completar a bagunça:
Incompleta poesia
Sou como uma contradição
que quebra com tudo,
por tradição.
Não tenho palavras.
E é por isso
Que empresto as do mundo
E me presto
a expor minhas lágrimas.
Se parto, me reparto p’rá ficar
Se fico, me multiplico ao infinito
Sou composto de oposto
Indago algo que não afago
Busco o que perderei amanhã
Tenho o que não queria ontem
Nunca satisfeito
Afasto-me do perfeito
Pré faço o imperfeito
Perpetuo o indireto
Corrijo o que é correto
Wendel Moreira de Oliveira 31/01/2009
sábado, 25 de julho de 2009
Cinco dedos de prosa

EU ESTAVA DROGADA
"Eu estava drogada!
É só o que posso dizer em minha defesa."
Eu sempre fui um bom menino, bom aluno, bom amigo. Até me revelei um bom amante (na minha própria opinião). Sempre disposto a ajudar, nunca dei importância a bens materiais. Sempre disposto a dar o que era meu aos outros.
Não sei dizer ao certo quando e porque foi que decidi desistir de mim. Quando foi que, ainda pior, comecei a me sabotar, a me desacreditar, a me diminuir.
Quando, e exatamente quando, perdi minha pouca simpatia, meu pouco talento, quando desaprendi a escrever?
Nenhuma dessas perguntas, em minha mente, encontram respostas que não sejam justificadas em erros alheios. Projeto, muito simplesmente, todos os meus defeitos nos deslizes dos outros. Sempre encontrando formas de me justificar e não me penalizar por nada, tenho uma profunda compaixão e pena de mim mesmo.
Se por um lado, repito ao vento, quantas vezes se fizerem necessárias, o quão forte e valente fui em minha própria educação, o quanto eu não medi esforços para elencar bons princípios e valores. Por outro, esquivo-me quando sou questionado, do porquê abandonar um filho já criado, eu mesmo. De como fui capaz de abandonar-me à minha própria sorte. De que maneira permiti que o mundo me transformasse em uma vítima.
Não roubo, não uso drogas, sou honesto, não tenho inimigos. Porém, tenho defeitos tão maiores que transformam estes vícios em virtudes. Não sou capaz de guardar nem mesmo meus segredos, de viver um sonho sequer até que ele se concretize. Desacredito qualquer nova possibilidade. Estremeço de tédio a cada nova conquista, nunca valorizo o que vem de mim.
O pior, não sou capaz de corrigir-me com rigidez, ou pedir ajuda.
Entreguei minha vida ao nada. Não sou mais digno nem de minha própria convivência...
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Só para desengasgar!
Não vale a pena repetir aqui a história sôfrega do escárnio...
HOMOFOBIA
Homofobia:
Ele é Boy ou Bia?
Homo ou Homem?
Ele dá ou come?
Homofobia:
O quanto me faz mal?
Quando deixei de ser igual?
Meu mundo não é o real.
Homofobia:
Tá, de noite.
Mas, o que faz de dia?
Homofobia:
Trabalho noite e dia.
Tento, mais que os outros, fazer direito
Me espremo no mundo estreito.
Homofobia:
Atende na sacristia?
Corta cabelo,
É professor
Ou trabalha na enfermaria?
Homofobia:
Marca própria, de pia.
Meu trabalho atrapalha,
Amolece minha fala
Meu quadril embala.
Homofobia:
Dolorosa mania,
A culpa é de quem cria.
Homofobia:
Se eu não fosse isso,
O que eu seria?
Homofobia:
Ele é desde quando?
Em que canto?
Homofobia:
Não virei, nem fui virado
Apenas fui bem criado!
Homofobia:
E quando criança,
Já entrava nessa dança?
Homofobia:
Perdi minhas irmãs!
De meus pais já não sou fã.
Homofobia:
Ele usa brincos!
É, mas, ainda tem pinto!
Homofobia:
Se me perguntam, minto:
__Oh, não. Já não sinto...
Homofobia:
Até respeito.
Mas, ele tem peito!
Homofobia:
Eu já até lutei,
Mas contra o mundo, não sei...
Homofobia:
Mora com homens
Não tem família.
Homofobia:
Em casa eu sou mudo
Na rua um escudo.
Homofobia:
Se ele é julgado?
Não, já sabemos o seu pecado.
Homofobia:
Mesmo quando parado
Por seus olhos sou taxado.
Homofobia:
Eu não tenho dúvida ou esperança,
Desde que longe de minhas crianças
Homofobia:
De minha vida excluí a utopia
Se pudesse pelo resto dela choraria.
Homofobia:
Preconceito? Eu não,
Só simpatia!
Homofobia:
A dor da traição
Sinto logo desde então.
Homofobia:
Não quero julgar!
Desde que ele eu possa fazer calar!
Homofobia:
Corta minha garganta,
Depois de tanto tempo,
Minha alma ainda espanta.
Homofobia:
Tá aceito, é seu o direito.
Mas, longe do meu peito!
Homofobia:
Longe dos seus olhos,
Dentro de minha alegria!
WENDEL MOREIRA DE OLIVEIRA (03/06/2008)